quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

JUSTIÇA NEGA LIBERDADE A ACUSADO DE CHACINA DE MALACACHETA

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou pedido de liberdade Aldécio Nunes Leite, acusado de ser o mandante da Chacina de Malacacheta, que completa 22 anos em fevereiro. Além de concessão de indulto, o habeas corpus impetrado no STJ pedia a extinção da punibilidade, que também foi indeferida. De acordo com a denúncia, seis criminosos executaram a tiros sete pessoas da família Cordeiro Andrade, por conta de um desentendimento com parentes desse mandante.
O crime aconteceu na Fazenda Canadá, Região do Vale do Mucuri. A motivação por trás da rivalidade seria uma briga por terras. A macabra história ocorreu em fevereiro de 1990, mas teve início alguns meses antes, em novembro de 1989. Um homem de cada família discutiu no trânsito de Malacacheta. Por causa da briga, a família de Aldécio Nunes Leite contratou o pistoleiro Alvino Alves Pereira para executar um integrante do clã dos Cordeiro, mas o homicida foi morto pela família rival antes de apertar o gatilho. Ao saber disso, Hamilton Leite, amigo do pistoleiro, jurou vingança. Seis homens, dentre eles Ofenir Pinheiro Machado e Hamilton Leite, trajando, cinco deles, coletes pretos da Polícia Civil e se identificando como policiais de Belo Horizonte disseram estavam apurando a morte do pistoleiro e abordaram José Augusto de Andrade. 

O grupo levou a vítima até a casa de um parente, onde se encontravam a empregada da família e outros sete Cordeiros. Assim, foi dado início ao ritual macabro, com a execução das vítimas, de forma cruel em diversos compartimentos do imóvel e até no quintal. Apesar das sete mortes, três pessoas conseguiram fugir e relataram a matança ao promotor e a policiais. Depois dos tiros, os seis acusados fugiram, mas foram detidos. Os julgamentos aconteceram no decorrer da década de 90 e anos 2000. Cinco réus foram condenados e apenas um absolvido.

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