Outras cidades da região decretaram situação de emergência por causa de prejuízos deixados pelas chuvas, segundo o boletim da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec).
Ferros, Carmésia, Coluna e São Pedro do Suaçuí são os municípios que registraram o decreto. Em São Pedro do Suaçuí, a 80 km de Guanhães, o registro foi necessário devido a deslizamentos. As estradas para a zona rural estão intransitáveis, na área urbana teve danificações em calçamentos, segundo informações da prefeitura. Em Carmésia, nas estradas também estão com vários deslizamentos de terra. Além disso, imóveis foram danificados moradores estão desalojados. Algumas ruas estão intransitáveis e interdiadas.
A área urbana de Ferros apresenta riscos devido à topografia de montanhas e rios, onde o município se localiza. Por esse motivo, já ocorreram quedas de barreiras, destruição de muros de contenção e de galerias pluviais.
Mais de 300 pessoas estão desalojadas, dezenas estão desabrigadas e várias pontes e bueiros estão danificado ou destruídos. Em Coluna, há famílias desabrigadas, pontes destruídas, estradas interditadas e casas tomadas por barranco. Dezenas de famílias tiveram que sair com urgência de suas casas, sem nem mesmo retirarem os pertences. Essa catástrofe não acontece no município há cerca de 30 anos.
A defesa civil da cidade recebeu várias doações da população para ajudar as vítimas. Foram doados colchões, cobertores, roupas, calçados, entre outros donativos, além de cestas básicas compradas pelo município. Com o decreto, a cidade aguarda agora, recursos do governo para resolver os problemas nas estradas.
No total, 166 cidades já decretaram situação de emergência por causa da chuva no estado. Com os novos números, 19% dos municípios de Minas Gerais estão em emergência. O balanço considera municípios que enfrentam problemas decorrentes de temporais desde outubro, início do período chuvoso.
228 municípios foram afetados de alguma forma pela chuva, atingindo cerca de 3,1 milhões de pessoas. Destas, 52.723 ficaram desalojadas e 4.639 estão desabrigadas. A Defesa Civil confirmou que três pessoas estão desaparecidas e 15 morreram. Desde outubro, 639 imóveis e 330 pontes ficaram destruídas. Quando a situação de emergência é decretada pelas prefeituras, o município passa a receber ajuda emergencial, como cesta básica e colchões. A liberação de recursos financeiros depende da homologação do decreto pelo governo estadual e do reconhecimento pela União.
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