MINERAÇÃO PODERÁ INVESTIR CERCA DE 500 MILHÕES DE REAIS EM GUANHÃES

A exploração das jazidas de minério de ferro, que estão sendo estudadas pela Vetor Sul Mineração em Guanhães, deverá receber aportes de aproximadamente 500 milhões de dólares, conforme informou o sócio da empresa Alexandre Couri.

A mineradora negocia com um grupo canadense que poderá investir no empreendimento. De acordo com o empresário, as estimativas de investimentos compreendem as intervenções necessárias para iniciar a extração na região. Além disso, os aportes serão voltados para a instalação de um concentrador de minério.

Para realizar as inversões em Guanhães será necessário finalizar os estudos que deverão revelar a dimensão das reservas na área. Segundo Couri, atualmente a empresa realiza o mapeamento geológico do terreno.

Segundo estimativas do empresário, a reserva em Guanhães deverá ser de aproximadamente 350 milhões de toneladas. O minério disponível no terreno possui concentração de cerca de 45% de ferro.

De acordo com Couri, caso a empresa consiga fechar o acordo com os canadenses, o projeto de exploração do insumo siderúrgico em Guanhães poderá sair do papel em três anos.

Em relação ao escoamento da produção, o empresário explicou que a área que deverá ser explorada pela Vetor Sul está próxima às jazidas da Anglo Ferrous Brazil, controlada pela Anglo American, em Conceição do Mato Dentro. Entre as alternativas viáveis para o transporte do minério está uma parceria com a companhia, que está construindo um mineroduto.

Da mesma forma que ocorre na nova fronteira minerária no Norte de Minas, Guanhães também vem recebendo diversos pedidos de pesquisas, pois há indícios de jazidas de grande porte na região. Entre empresas que iniciaram estudos no município está a Global Miner Exploration (GME4), que possui entre os sócios o geólogo baiano João Carlos Cavalcanti.

Estima-se que as reservas possam alcançar 400 milhões de toneladas, conforme Cavalcanti já havia informado. Além disso, o minério seria de classe internacional, com teor de ferro acima de 40%. A empresa paralisou prospecção na área após ação movida pelo Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG) para embargar o projeto.

Em junho do ano passado, Cavalcanti anunciou a retomada dos estudos em Guanhães.

FONTE: Jornal do Comércio